Antes de saber para que serve a serenidade é preciso compreender o que ela significa, quais são os conceitos a respeito dela. Em si serenidade significa calma, paz, tranquilidade, equilíbrio e domínio emocional. Notem que que estes elementos nos remetem a algo interior, algo que é forjado em nosso ser interno, em nossa mente e, de forma mais profunda e sutil, em nossa alma, por assim dizer.
A serenidade não é algo natural ao ser humano, já que vivemos em constante atribulação, influenciados pelo ambiente externo. A maioria das pessoas vive em constante efervescência num mundo materialista competitivo e multifacetado nas mais diversas formas de distrações. Hoje em dia as “telas” tecnológicas, aparentemente atraentes, por exemplo, vêm aprisionando cada vez mais a atenção daqueles que as usam. Há uma mega carga de informações superficiais e, até mesmo, inúteis, dominando o espaço mental dos seus usuários mais inconscientes. Diante de tanta toxidade, é quase inevitável que haja uma predisposição à ansiedade, acarretando frustrações e desequilíbrio tanto emocional como físico.
Cultivar, ou adquirir, a serenidade é um exercício constante que deve partir de dentro para fora através de exercícios de autodomínio, ou seja, você precisa aprender a controlar o que lhe vai dentro do ser. Algo por exemplo como controlar pensamentos, instintos e desejos; controlar a ansiedade e evitar que as preocupações periféricas ocupem a sua mente e o centro das suas atenções. Concentrar-se realmente naquilo que lhe é prioritário e benéfico. De modo geral ninguém possui o controle total da sua vida porque muita coisa acontece fora de si, a questão fundamental é concentrar-se naquilo que “lhe pertence”, naquilo que é da sua competência controlar e decidir. Por exemplo, você não tem o controle sobre o que alguém pensa sobre você, já que este tem lá suas convicções e entendimentos. Porém, você tem o controle de quem você é, das razões para ser quem você é e pensar de modo singular. Sendo assim, por que ocupar-se do outro quando deveria apenas ocupar-se de si?
Muitos fatos que acontecem diariamente fogem à nossa responsabilidade, e muita coisa que nos advém também. Alimentar a nossa mente com tudo o que ocorre ao nosso redor não nos é saudável. Aliás, o acumulo de preocupações por ser tóxico é desequilibrante. Por outro lado, o exercício da serenidade tem o dom de nos colocar numa posição existencial de tranquilidade e equilíbrio mesmo em situações adversas. Também a serenidade nos eleva a um estado de aceitação consciente daquilo que não temos controle, daquilo que não nos pertence, ou seja, aquilo que não podemos transformar.
Por fim, podemos afirmar que a serenidade na sua mais profunda acepção é algo que cultivamos e alojamos na alma, e nos serve como uma espécie de guia que nos leva a viver conscientemente proporcionando maior calma, assertividade, paz e harmonia.
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