Artigos - Viver Consciente
Willes da Silva
Psicoterapeuta, Conferencista Motivacional, Jornalista, Escritor - Autor do livro "Cidadania, O Direito de Ser Feliz.
Você pode transcender
25/05/2007
Numa palestra em uma escola, um menino me perguntou: “O que a família tem a ver com a auto-estima?”. De pronto, eu respondi: “tudo a ver”. Ele argumentou novamente: “Então se eu não tenho auto-estima, minha família é culpada?”. A seguir repasso para vocês, o meu pensamento a respeito do assunto. Não me apraz a idéia da culpa familiar pura e simples, até porque, soa muito fácil jogar toda culpa nos pais e pronto. Já que não podemos olvidar que todos os pais também herdaram um “modelo de auto-estima” dos pais deles, e se você radicalizar na idéia da culpa pode passar uma vida inteira culpando alguém por tudo o que acontece com a sua vida e não fazer absolutamente nada em seu próprio favor.

Acredito, porém, que o indivíduo educado num ambiente familiar estimulante e nutritivo afetivamente, tenha maior possibilidade de aprender atitudes que reforcem sua auto-estima. Da mesma forma que aquele educado num ambiente onde predomina a crítica, e tenha os limites impostos através do medo ou da chantagem emocional, tenha dificuldades na manutenção de uma auto-estima equilibrada. Levado às devidas proporções, esse raciocínio também se aplica no âmbito escolar, onde parte da educação se realiza, uma vez que os professores, salvo raríssimas exceções, reproduzem na escola o modelo pelo qual foram educados.

Pode-se dizer que a personalidade ou caráter da pessoa está presente em tudo o que ela faz. É no seu modo de agir que ela se revela, que exterioriza seus valores e tudo mais que está contido em seu interior. Porém, isso nem sempre acontece de modo consciente, muitas vezes o que prevalece em seu comportamento é fruto de seu inconsciente, daquilo que, por algum motivo, está reprimido, bloqueado. É por isso que se você deseja uma auto-estima positiva e equilibrada, necessita investir mais tempo na atitude de autoconhecer-se, ou seja, aprofundar o conhecimento que tem de si próprio. Transformar e tornar consciente o conceito que você tem de si mesmo, expressar em cada atitude seus melhores valores, suas qualidades e o respeito e o amor que você sente que merece.

É importante compreender também, que esta é uma tarefa que só você pode realizar para dar qualidade à sua vida. Para que sua felicidade não seja apenas a possível, mas, sim, aquela que transcenda os limites impostos pelo comodismo ou regras reducionistas, que não levam em consideração o potencial de transformação que todo ser humano tem e é capaz de aplicar em seu próprio benefício.

Boa reflexão para você.

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